Quem a Natureza espreita…

Foto: Lucimar Siqueira

Foto: Lucimar Siqueira

Por Mônica Birchler Vanzella Meira

Um terreno abandonado transformou-se em projeto de desenvolvimento sustentável na zona Leste de Porto Alegre. Na área de dois hectares, antes tomada pelomato e pelo lixo depositado clandestinamente, a comunidade do bairro Lomba do Pinheiro construiu uma horta comunitária onde se colhe feijão, cenoura, berinjela, alface, agrião, salsa, mandioca. Além dos temperos e dos alimentos saudáveis e frescos, são cultivadas plantas medicinais para tratamento fitoterápico. A Horta Comunitária Lomba do Pinheiro, como ficou conhecida, foi iniciada em outubro de 2011, por intermédio de lideranças comunitárias, religiosas e culturais. Iniciativas governamentais na área da saúde e da educação colaboraram para criar um espaço de aprendizado de promoção de saúde e melhorias na qualidade de vida da população. A área foi doada pela Prefeitura de Porto Alegre, conforme reivindicação da comunidade apresentada e aprovada nas assembleias do Orçamento Participativo (OP). Hoje o projeto comunitário faz parceria com voluntários, secretarias municipais e instituições universitárias.

Foto: Vinicius Correa

Mais de 10 mil pessoas já foram atendidas no local, trabalhando, assistindo oficinas ou visitando o espaço. Participam da iniciativa alunos das Sociedades de Assistência Social e Educacional (Sases), de creches, de escolas, universitários, idosos, usuários do Sistema Único de Saúde e profissionais da saúde, entre outros. É uma excelente oportunidade para conhecer a importância do cultivo e no desenvolvimento de uma vida mais saudável. Lá, trabalha-se com sustentabilidade, agroecologia e cidadania, acolhimento e pertencimento.

A ideia tem inúmeros benefícios. Além de promover a limpeza do terreno, com a retirada de resíduos que podem servir como criadouro para o Aedes aegypti, uma horta favorece a socialização entre vizinhos e até a valorização da região. Muito mais do que uma área dedicada à produção de legumes, hortaliças e ervas medicinais, podem ser espaços para a auto subsistência, segurança alimentar, geração de renda, educação, pedagogia, ecologia, política, cidadania, práticas terapêuticas, etc. São essencialmente lugares de socialização das relações e humanização dos espaços urbanos. A horta congrega a multiplicação de conhecimento, o resgate da história do território, a produção de hortas caseiras, a promoção de alimentação saudável e orgânica e o estímulo à participação e à cidadania. Plantamos hortaliças, temperos e ervas medicinais e colhemos amizade, solidariedade, trocas de ideias e conhecimentos.

A Horta é Saúde.

A Horta é Qualidade de Vida.

A Horta é da Comunidade.

Foto: Vinicius Correa

Foto: Vinicius Correa

Cavalinha. Foto: Lucimar Siqueira

Foto: Lucimar Siqueira

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