Representante da Ocupação Baronesa faz relato no CMDUA e COP

A representante da Ocupação Baronesa teve 5 minutos de fala na reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental-CMDUA e 3 minutos na reunião do Conselho do Orçamento Participativo – COP, nas respectivas reuniões ocorridas em 04/06/2019. Relatou aos conselheiros que dez famílias ocuparam o prédio do município que estava abandonado havia dez anos. Apesar do estágio de degradação, os ocupantes tomaram o cuidado de conferir as condições de segurança dos compartimentos onde poderiam assentar as famílias. Isto se deu a partir de laudo técnico assinado por um profissional de arquitetura, que assegurou as condições para ocupação.

Desde que ocuparam, as dez famílias vêm trabalhando na recuperação das instalações anexas, do prédio e principalmente limpando o pátio arborizado que acumulou lixo ao longo dos dez anos. A população do entorno imediatamente aprovou, a vizinhança se sente mais segura, a rua está sendo revitalizada, sem o lixo acumulado que ameaçava a saúde da população com insetos (dengue), roedores e outros possíveis vetores de doenças. O convívio da ocupação com os vizinhos está propiciando vitalidade cultural, também, pois atividades desenvolvidas por apoiadores com as crianças são frequentadas pelos moradores do entorno, estreitando vínculos e criando laços de solidariedade mútua.

A representante da Ocupação citou, no entanto, que um procurador do município, no dia 08 maio, pressionou as famílias ameaçando-as de remoção sem qualquer ordem judicial. Desde então, as famílias vêm resistindo com a certeza de estarem fazendo cumprir a lei (função social da propriedade) além de terem encontrado de forma autônoma uma alternativa à vida nas ruas, sem abrigo, uma vez que as políticas habitacionais do município são inexistentes e as federais estão suspensas. Apesar de tudo isso, o poder público municipal conseguiu liminar para reintegração e o despejo das famílias foi agendado para sexta-feira, dia 07 de junho. A partir desse dia o prédio poderá voltar ao seu ciclo de degradação, de abandono, de foco de doenças como vinha ocorrendo ou será um espaço de vida, de alegria e solidariedade propiciado pelas dez famílias ocupantes. Defenda a Ocupação Baronesa do Gravataí para termos mais uma razão para construir uma cidade alegre!

Fórum de Gestão do Planejamento da Região 1 – RGP1

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