Associação dos Amigos do Cais do Porto (AMACAIS) também reage às declarações de colunista

Fonte: Cais Mauá de Todos

Em resposta, às notas publicadas na Zero Hora de 19.02.2019 (foto abaixo), a AMACAIS traz a público sua manifestação oficial. 

A Associação dos Amigos do Cais do Porto (AMACAIS) é entidade formada por cidadãs e mobilizados pela defesa e promoção do patrimônio histórico e ambiental de Porto Alegre e do estado; são profissionais de diversas áreas, movidos pela busca do bem comum, na legalidade e no mais alto padrão ético. Os membros da AMACAIS doam seu tempo para o interesse coletivo e têm trabalhado publicamente, para que se tenha uma cidade melhor para todos. Associamo-nos a outros coletivos similares, que expressam a mente de cidadãs e cidadãos conscientes e voluntários na defesa de interesses da sociedade.
Por essa razão, a AMACAIS vem a público condenar a forma pela qual estas pessoas foram tratadas pelo jornalista Túlio Milan, na edição de 19/02/2018 de Zero Hora. Muito além de uma suposta “ideologia”, cujo único intento seria impedir o que o jornalista entende por “desenvolvimento”, a AMACAIS atua baseada em princípios contemporâneos de cidadania e sustentabilidade, em que o desenvolvimento econômico é bem-vindo, e mesmo otimizado, pela atenção a critérios ambientais, sociais, técnicos e econômicos que o mundo civilizado elegeu como suas referências na construção de um futuro de melhor qualidade. No plano da legalidade, atentamos para o zelo com os documentos fundamentais e apoiamos as ações da Polícia Federal, do Ministério Público e do jornalismo investigativo para a correta enquete dos fatos anômalos e sua judicação, em defesa do bem público. Isto vale para o que ocorre no cais do porto, e também em áreas conectas, pela natureza do cenário e de suas ameaças. 
A história de Porto Alegre é marcada por pessoas que tiveram a coragem de manifestar-se contra a destruição de seus símbolos e de seu patrimônio. É por obra dessas pessoas e do amplo apoio que colhem entre a população, quando esclarecida, que hoje ainda temos o nosso Mercado Público e a Usina do Gasômetro, no âmbito do Patrimônio Cultural, ou na defesa do meio ambiente, em que se consagrou a heróica atuação da AGAPAN e de nosso saudoso José Lutzenberger. Seriam essas pessoas os “caranguejos” ou “crustáceos de ontem”? 
Os movimentos sociais constituem uma das formas pelas quais a sociedade civil manifesta-se, sendo esse um direito garantido pela Constituição Federal. Cabe às administrações públicas ouvi-los e à imprensa, respeitar as razões das manifestações e também, acima disso, respeitar as pessoas cujos valores ultrapassam a cupidez econômica. A uma imprensa séria cabe investigar amplamente, com espírito crítico, antes de emitir opiniões ideológicas depreciativas, que mais parecem press-release dos maus empreendedores que teimam em perseguir lucro fácil e desmedido, com agressões sociais e ambientais. Um jornalismo isento, profissional e responsável facilmente se alinharia aos que o Sr. Millman hoje agride chamando de caranguejos.

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Zero Hora de 19.02.2019 

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